terça-feira, 17 de maio de 2016

Cidades possíveis


As cidades precisam retomar sua amizade com o homem e a natureza, devem voltar a ser gentis com eles e deixar de ser locais inacessíveis, distantes e frios. Pelo amor ou pela dor, as cidades vão se concertando e revendo velhos erros, mas, como sempre, seguem otimistas – e assim deve ser. Cidades sustentáveis? Sim, é possível, mas a velocidade da nossa ação sincretizando isso é que dirá em quanto tempo atingiremos a excelência na vida em comunidade. Salvo raras exceções, uma cidade, fisicamente falando, consiste em edificações que servem de abrigo ligadas por vias de acesso, por onde ela flui. A energia dessa fluência, pode-se dizer, é a alma desta grande reunião de humanos. A cidade é a natureza transformada para atender nossas necessidades, mas insuficiente energeticamente. Empresta energia de territórios longínquos alagados para poder sobreviver. A cidade pode ser autossuficiente. Todo ano, a conta vem para os erros urbanísticos e milhares de pessoas sofrem com as enchentes e a seca. Às vezes, a conta é diária. Que vida é esta em que o ar que se respira está infestado de resíduos? A água, o ar, os alimentos. Todos sagrados demais para receberem descargas tão grandes de resíduos humanos. A cidade pode ser limpa. Estamos em constante evolução, algumas muito demoradas, mas ainda assim avançamos. Se já passamos o limite da tolerância em algumas questões urbanas, como a ocupação irregular, as enchentes, a poluição, o caos no trânsito, agora também temos chances cada vez maiores de reverter o lado mau da cidade, e estamos diante de grandes oportunidades. Diante da falência dos velhos métodos de produção insustentável, diante de recursos cada vez mais exíguos, a genialidade humana acaba por criar soluções que podem redesenhar um futuro que não se quer apocalíptico. Um futuro sustentável. A cidade precisa ser criativa. É difícil dizer que existe uma cidade sustentável de fato, mas alguns projetos são tão bem elaborados que seus ganhos superam em muito as perdas, o que as coloca, no mínimo, como cidades que compensam os impactos negativos que geram. É um ótimo caminho para nossas cidades, pois assim como você, tenho certeza queremos uma cidade sempre melhor.

Roberto Rosa.


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